Faço ideia como deve ser esse curso. Provavelmente, ensinam todas as matérias, menos português. Os alunos podem ter se saído bem nas provas, mas esse cartaz não ficou nada excelente.
Ainda bem que é inglês. Agora a tradução deve ficar muito a desejar, a não ser que seja para espanhol, francês ou qualquer outro idioma, menos o nosso. Aliás, a crase é sem dúvida uma das maiores fontes de erros cometidos pelos brasileiros. Pelo menos uma regra não é difícil de ser decorada: nunca há crase antes de palavra masculina. Só falta não saber quando a palavra é masculina ou feminina, aí já é demais.
Olha a crase aí de novo… no lugar errado. Podiam usar um pouco desse dinheiro para pagar um bom curso de português. Quando o “a” está no singular e a palavra seguinte no plural, não há crase. Ou se cometeriam dois erros. Explico. Para haver crase, é necessária a presença do artigo e da preposição. Ora, o artigo sempre concorda o substantivo. Portanto, no caso, deveria ser “as entidades”, mas como se escolheu não usar o artigo, não há porque usar acento indicativo de crase.
Aqui os erros estão abundantes. Se o preço é único, como pode estar entre 19,90 e 99,90? Então não é único, já que são vários. E observem a crase de novo. Capricharam colocaram até o “A” bem grande. Deve ser pra chamar a atenção. Não há crase quando se fala faixa de números, pois apenas a preposição é requerida.
Nesse caso, o português vai a reboque. Mais uma vez, guincho é palavra masculina. Deviam ter colocado uma placa com sinal de proibido crase também.
Aqui temos quatro mortes. Além das três pessoas, morreu também o português. Mesmo caso da palavra no plural e o “a” no singular.
Pra finalizar, deixo uns versos de uma música:
“Errar não é humano, depende de quem erra,
Esperamos pela vida, vivendo só de guerra*”
* A guerra para aprender nosso idioma.
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