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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Desafios globalizados

Desde que o Brasil estimulou as exportações que mais empresas vêm se desenvolvendo e lucrando com a conquista de mais mercados. Contudo, assim como se surfa na onda do crescimento, também se despenca quando o mundo entra em crise. O agronegócio vem sendo o setor que mais cresce no país. Cada vaz mais compradores se interessam por nossos produtos, geralmente mais baratos e com boa qualidade. Ainda enfrentamos desafios colossais, como os subsídios e a entrada em países cujo mercado possui mais regras e restrições.
Sem dúvida nenhuma, quando um páis rico resolve subsidiar sua produção agrícola, a nossa exportação é prejudicada. Poderíamos vender muito mais, pois nossos preços são extremamente competitivos. Esse  impasse só será minimizado quando os protecionistas vislubrarem que a competição é salutar. Mas, o primeiro pensamento deles é sem dúvida a falência e o desemprego de seus produtores. É uma tarefa gigantesca para a diplomacia brasileira. E esse é o caminho. Não podemos, simplesmente, ignorar esse mercado, ou viver apenas com o consumo interno. As rodadas de Doha não avançaram, mas precisamos continuar nessa luta, precisamos continuar com os debates e as negociações no sentido de, no mínimo, diminuir os pesados subsídios.
Não só a agricultura sofre os efeitos da globalização. Há pouco tempo enfrentamos a febre aftosa. Quando pensamos que ela havia sido disimada, voltou. Isso prejudicou sobremaneira as vendas para o Oriente Médio e a Rússia, dois grandes compradores. Assim como nos beneficiamos da febre aviária que atingiu a Europa e aumentou nossas exportações do produto, também sofremos com a doença no rebanho brasileiro. Isso nos força a melhorar o controle das fronteiras extranjeiras. Temos como vizinhos países que ainda sofrem com esse tipo de epidemia, e, invariavelmente, temos trazido para nossos rebanhos animais infectados. Devido à nossa imensa divisa, esse trabalho se torna gigantesco. Avançamos bastante no controle do gado, com tecnologias de ponta, como o uso de gps. Também a vacinação avançou bastante, ficando bem mais fácil o trabalho dos vistoriadores de órgãos dos países compradores.
Hoje, como podemos observar, o local tem implicações globais. Uma crise, uma epidemia, tudo é motivo para que sejamos afetados, trazendo benefíicios e também prejuízos. Não podemos pensar que isso é um mal ou um bem absolutos. Precisamos saber tirar proveito de cada fase, pois, só assim, conseguiremos nos colocar frente aos desafios globalizados. 

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