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domingo, 4 de julho de 2010

O (sonho) pesadelo acabou!

Fomos pra frente da TV. Colocamos nossas camisas amarelas, enfeitamos nossos carros, nossos apartamentos e casas, fizemos de tudo como sempre, mas, no fundo, algo não estava bem. Não havia aquela empatia com o time. Não havia aquele jogador em quem se espelhar, não havia aquela certeza de que o seríamos campeões, aquela confiança total.


E perdemos! Até parecia a morte anunciada, mas que ainda tínhamos aquele fio de esperança de que algo seria diferente. No fim, restou aquele gosto amargo que a realidade nos impõe. E pior não foi a derrota. Foi ver que nossa equipe era só mais uma, não tinha nada de diferente, não surpreendeu, não apresentou um futebol bonito, pra frente, com emoção, com molecagem. Nada. Fomos cartesianos, previsíveis, sem dúvida, uma seleção que não será lembrada por ninguém.
Em 2006 perdemos por causa da grande festa feita pelos jogadores nos treinos, que eram todos abertos. Aquele clima de descontração e de festa mudou a cabeça dos jogadores, que passaram a se sentir o maiorais, os melhores do mundo, e entramos em campo com salto alto e perdemos. Será mesmo?
Dessa vez, fizemos o contrário. Treinos fechados, escondidos. Nada de torcida, concentração total, grupo fechado, quase um militarismo. E perdemos. E Dunga ainda diz que isso foi um ganho, uma recuperação. Em que mundo ele vive?
Mas, há uma semelhança entre as duas seleções. Não tínhamos os melhores jogadores que poderíamos ter. Em 2006, era necessário fazer uma renovação. Mas levamos os mesmos jogadores, como Cafu e Roberto Carlos. Só por causa de seu passado. Colocamos um treinador que prestigiava a defesa, o não levar gols, levamos um só contra a França e demos adeus à copa. Agora em 2010, de novo, recorremos no erro. Jogadores que não apresentavam em seus clubes grandes partidas, e não tínhamos um plano B, um banco de reservas capaz de suprir possíveis deficiências, que se mostraram gigantes em campo.
Colocamos toda nossa esperança em Kaká. Ele não vinha bem já havia um ano. No Real Madrid ficou várias partidas sem jogar, teve uma contusão no quadril e não houve tempo para se recuperar. Não foi nem sombra daquele jogador de arrancadas perfeitas, passes fantásticos e gols. Passou em branco. Uma pena, pois ele não merecia tamanha má sorte.
Falar em Felipe Melo é como se lembrar de um pesadelo. Grosseiro até em suas declarações, como quando falou da bola da copa. Seu final já estava escrito. Terminou o torneio com uma expulsão infantil, após uma agressão barata, coisa de amador, de destemperamento total. Coisa de regime fechado, até Robinho parecia um monstro em campo, gritando e perdendo toda sua alegria de jogar.
Espero que tenhamos aprendido algo. Precisamos de um técnico com experiência, que convoque os melhores jogadores na época da Copa, de nada adianta ficarmos presos aquilo que um ou outro fez há dois ou três anos. Futebol é fase, como podemos observar no Uruguai e na Alemanha. Agora temos que preparar um time para disputar o torneio dentro de casa. Temos que devolver à torcida o sentimento de temos um futebol diferente, envolvente e alegre, e, para isso, teremos quatro anos.

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